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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Projeto - O Folclore Brasileiro

Observação: Este é um projeto Para 4ª série, mas vcs, educadores, podem adaptar para Educação Infantil...



Curso de Formação Continuada
Currículos e Práticas Pedagógicas








Escola Municipal Professor Ladário Teixeira

Coordenadora: Rosângela Vicente Santos Cruz
Professoras: Manuelina Mendes da Silva
                     Zilma Sebastiana Vieira




O Folclore Brasileiro

RESUMO: O folclore é uma ciência que cuida das tradições, usos e costumes dos povos. Saber popular transmitido de pai para filho. Cada povo tem seu jeito de explicar o que acontece a sua volta e para isso contam passagens importantes da nossa história.
Folclore também é Literatura. As inspirações do Romantismo e muitas correntes do Modernismo são tirados do folclore. É de valor integral na cultura. Merece ser estudado e aproveitado sob todos os aspectos: intelectuais, artísticos, educacionais, recreativos e técnicos. Assim ele favorece a aprendizagem e facilita o trabalho, formando bons hábitos e atitudes.
            Características, leis que o protegem, tipos de folclore, mitos, lendas, folguedos e festas, danças, artesanato e culinária, brincadeiras e cantigas infantis, adivinhas e parlendas, crenças, amuletos e simpatias, cordel e repentes, religião e cultos populares serão estudados e facilitarão o seu aprendizado.




INTRODUÇÃO
O QUE É FOLCLORE?

O Folclore é o conjunto de manifestações de caráter popular de um povo, ou seja é o conjunto de elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter de tradicional destas representações sempre transmitidas de uma geração para outra através da prática (os pais ensinam aos filhos, que desde pequeninos já praticam). São mitos, histórias populares, lendas, danças, crenças, músicas, jogos, provérbios, adivinhações, poesias, tradições e costumes que são transmitidos de geração em geração basicamente de forma oral e que faz parte da cultura popular.
O folclore varia bastante de um País para o outro, e até mesmo dentro de um Estado é bastante variável, pois as diferenças entre as regiões são muito grandes. Folclore foi uma palavra criada por William John Thoms - um arqueólogo inglês - quando, no dia 22 de agosto de 1846, publicou uma carta no jornal O Ateneu, de Londres, mostrando a necessidade da existência de um vocábulo destinado a denominar o estudo das tradições populares inglesas. Desde a data da publicação da carta passou a ser comemorado, no mundo inteiro o dia 22 de agosto como o Dia do Folclore.
A palavra folclore foi formada da união de dois termos oriundos do antigo inglês falado na Inglaterra: folk (povo) e lore (conhecimento) e substituiu o que, na época, era chamado de antiguidades populares. Na carta escrita ao jornal londrino William John Thoms usou o pseudônimo Ambrose Merton e pediu que se fizesse um registro de antigas lendas, crenças em desuso, baladas, velhos costumes, fatos curiosos, de sua terra. O termo foi aceito e logo incorporado por todos os países civilizados, em suas respectivas línguas. O estudo do Folclore é o estudo da própria alma de um país, é o estudo do modo de ser da gente do povo, das suas maneiras de pensar, de agir e de sentir, é o estudo da feição nacional nas suas bases mais profundas e mais características. É a expressão cultural mais legítima de um povo. E como expressão do povo faz parte de sua riqueza cultural e portanto, está inserido em seu patrimônio cultural.

JUSTIFICATIVA

O presente trabalho foi organizado tendo como objetivo precípuo proporcionar ao aluno o conhecimento das mais diversas formas de cultura vivenciadas pelo folclore brasileiro em todas as regiões do país. Uma vez assim disposto, far-se-á necessário, toda a relevância dada ao desenvolvimento do mesmo para que o aluno tenha o suporte básico à sua pesquisa e perceba o quão rico é o “Folclore Brasileiro”. 
No entanto, para conhecer melhor o folclore brasileiro você deverá ler, pesquisar e anotar os fatos considerados necessários e importantes, uma vez que o mesmo proporciona o conhecimento do nosso povo e seus costumes bem como preserva as nossas tradições. Depois de visitar a Internet, ler os livros disponíveis sobre o assunto, será mais fácil transmitir aos outros seus conhecimentos e despertar assim o seu interesse em cultivar as nossas tradições.
             Ao explorar os recursos sugeridos, você conhecerá:
v  As características e definições do folclore;
v  Lendas, mitos e crendices;
v  Medicina popular e comidas típicas;
v  Brincadeiras e brinquedos, canções e instrumentos musicais;
v  Trava-línguas, provérbios e ditos populares;
v  Linguagem, literatura, desafios e apelidos.
v  Festas e danças;
v  ... além de muitos outros fatos interessantes que irá descobrir e incorporar aos seus conhecimentos...
    

OBJETIVOS

v  Reconhecer a importância cultural do folclore;
v  Repassar os valore culturais;
v  Desenvolver a criatividade e a linguagem;
v  Desenvolver o gosto pela dança e música;
v  Estimular o raciocínio e a atenção;
v  Desenvolver o hábito da pesquisa;
v  Esclarecer fatos do Folclore de seu estado, de outros bem como do Brasil.


METODOLOGIA

A estratégia básica desenvolvida e utilizada pelas professoras na implantação dos projetos de pesquisa é fruto de estudos e, principalmente de observações e erros, ocorridos nos primeiros projetos trabalhados.
As ações dessa metodologia são, sumariamente, descritas a seguir:
v  Na comunidade:
a)mobilização, esclarecimento e envolvimento dos alunos e da população, com identificação dos grupos diretamente formados para os trabalhos a serem desenvolvidos;
     b)envolvimento da equipe representante da escola para os devidos contatos aos locais de excursões e pessoas a serem entrevistadas;
     c)envolvimento dos profissionais das casas de cultura, bibliotecas, oficinas culturais, etc...;
     d)estabelecimento das equipes locais (voluntários) de trabalho.

v  No Governo Municipal (Prefeitura) e outras entidades do bairro:
a)     requisição de materiais para confecção dos trabalhos, como: montagem de cenários para peças teatrais, danças, vestimentas para apresentações, pratos típicos e demonstrações;
 
DESENVOLVIMENTO
SÃO CARACTERÍSTICAS DO NOSSO FOLCLORE

Folclore é o saber vulgar do povo. Não transmitido através de escolas e nem de livros e sim por imitação ou por força de tanto ver e ouvir. Até bem pouco tempo, o folclore era considerado tradição de povos pobres, analfabetos, iletrados, contudo, atualmente, já se sabe que todos os povos e todas as sociedades, independentes de classe social e escolaridade, são portadores de folclore, uma vez que as manifestações folclóricas se fazem presentes em todas as classes e espaços onde habitam seres humanos. Para ser determinado como fato inteiramente folclórico é necessário as seguintes características: - Tradicionalidade - Passa de geração em geração, ao longo de anos e séculos; Oralidade - São transmitidos através da fala, da linguagem oral; Anonimato - Não se sabe quem é o autor, onde nem quando começou; Coletividade - É coletivo, ou seja, é do povo, é popular; Funcionalidade - Existe sempre uma razão para sua existência, seja lazer, religiosidade, subsistência,etc; Vulgaridade - É assumido pelas classes populares, sem nenhum preconceito; - Espontaneidade - É espontâneo, informal, não institucionalizado, mas aceito por todos os povos.
v    Observação: Alguns fatos folclóricos não têm todas as características citadas; outros têm autores, como é o caso da literatura de cordel e do artesanato, e de algumas lendas.

LEIS QUE O PROTEGEM

Constituição federal
Art. 215: "o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais";
Art. 216 : "Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira nos quais se incluem:
I     - as formas de expressão;
II    - os modos de criar, fazer e viver;
III  - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
 V   - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico".
              Portanto, as crenças, lendas, tradições, costumes e tradições, são bens imateriais, que compõem o patrimônio cultural, estão protegidos juridicamente pelo texto constitucional citado. Tratam-se assim de bens imateriais difusos de uso comum do povo e que podem ser protegidos pela ação civil pública. Exemplo: quando manifestações ou representações do folclore são proibidas por autoridade, lei ou ato administrativo, podem ser defendidas juridicamente.



TIPOS DE FOLCLORE

O folclore pode ser encontrado nos três reinos: vegetal, animal e mineral, e pode ser agrupado de várias formas: - Música (instrumento, cantigas de roda, cantigas de escolha, toadas de ensino, romances, cantigas de ninar). - Danças (bailados, catira, quadrilha, lundu, carneiro, coco, congadas, maracatu, fandango, dança de São Gonçalo, de fitas, frevo etc) - Festas (as festas populares em sua maioria têm caráter religioso: festa de Santa Cruz, de Santos, de Nossa Senhora do Rosário, de Santo Antônio, do Divino Espírito Santo, Semana Santa, de Santa Efigênia, de São Sebastião, de Reis, ou festas profanas, como festas juninas e outras) – É importante frisar que o profano e o religioso estão sempre associados, em geral nota-se elementos profanos na maioria das festas religiosas, assim como existem elementos folclóricos em cada uma das festas citadas. - Brinquedos e brincadeiras (de jogar, cantados, falados, de roda, de mímica etc). - Religião (festas, crenças, superstições, benzeções, simpatias, rezas, orações, cânticos, promessas, cruzes nas estradas, milagres, tabus, amuletos, talismãs e cultos fetichistas). - Medicina caseira (chás, simpatias, benzeções, mezinhas, rezas, promessas, nome de doenças, purgantes, emplastros, fomentações, garrafadas, pós e ungüentos). - Alimentos (pratos regionais, superstições dos alimentos e tabus acerca dos alimentos). - Folguedos (folias de Reis e do Divino, Boi da Manta, Bumba-Meu-Boi, Boi de Mamão, cavalhadas, impérios). - Literatura (provérbios, lendas, parlendas, contos, trava-línguas, desafios, adivinhações, apelidos, charadas, histórias, xingamentos, réplicas, fábulas, cordel). - Arte e artesanato (de cerâmica, pedra, madeira, couro, bambu, taquara, pintura, bordado, tecelagem e fiação, recortes em papel). - Meteorologia (nomes de chuva, trovão, tempestades, estações do ano, lua relâmpago, eclipses). Além dos elementos folclóricos citados, existem ainda os mitos, que figuram no imaginário popular dos brasileiros.



MITOS

O folclore brasileiro é rico em personagens mágicos. Esses seres que habitam o mundo dos mitos e lendas geralmente estão associados à natureza. Algumas dessas histórias chegaram aqui com os povos que colonizaram nossas terras, como os portugueses. Outras nasceram com os índios, súditos por excelência da mãe natureza. Há aquelas que são contadas há décadas e mais décadas sem que ninguém saiba ao certo como surgiram. Surgiram da necessidade que os povos tinham de explicar e justificar fatos e acontecimentos. Com os índios, súditos por excelência da mãe natureza. Há aquelas que são contadas há décadas e mais décadas sem que ninguém saiba ao certo como surgiram. Surgiram da necessidade que os povos tinham de explicar e justificar fatos e acontecimentos. Com características fantasiosas, impressionantes e surpreendentes, as lendas e os mitos foram o ponto de partida para os conhecimentos científicos. Conhecê-los é viajar pelo reino do folclore com o passaporte carimbado pela embaixada do sonho e da imaginação. Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo. Mito é coisa inacreditável, que não é real. Mito e lenda caminham sempre juntos, e, em geral o mito é que dá origem à lenda.

Arranca-língua
Pisadeira
Cabeça Satânica
Romãozinho
Cachorra da Palmeira
Cabeça de cuia
Caboclo d'água
Quibungo
Papa-figo
Loira do banheiro
Alamoa
Minotauro
Vaqueiro misterioso
Zaoris
Porca-dos-sete-leitões
Cuca


LENDAS

As lendas são estórias - episódio heróico ou sentimental com elemento maravilhoso ou fantástico - contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Em princípio é um fato acontecido que impressiona o povo e como - "Quem conta um conto, aumenta um ponto" - o fato se transforma e, quase sempre, recebe características sobrenaturais, misturando fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da imaginação, conservando as quatro características do conto popular: ambigüidade, persistência, oralidade e anonimato. As lendas procuram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Algumas lendas do folclore brasileiro, comuns em todo Brasil:
Curupira ou Caipora
Boitatá
Matinta-Perêra
Lobisomem
Mula-sem-Cabeça
Mulher da Meia Noite
Região Norte
Mãe-D'água - Iara
Cobra Grande - Boiúna ou Cobra Norato
Vitória Régia
Sumaré
Lenda da Mandioca
Uirapuru, Boto
Caire e Catiti
Capelobo
Curaganga /Cumaganga
Mapinguari
Muiraquitã
Pé de Anjo
Pirarucumbóia ou Pirarucuambóia
Região Nordeste
Besta Fera
Cidade Encantada de Jericoacoara
Barba Ruiva
Cabra-Cabriola
Região Centro Oeste
Pé de garrafa
Região Sudeste:
Saci-Pererê
Missa dos Mortos
Lagoa Santa
Região Sul
Negrinho do Pastoreio
Negrinho do Sapé
Boiguaçú
Angoera
Boi-Vaquim
Gralha Azul
Origem do Milho
Tarrasque



FOLGUEDOS E FESTAS

Os folguedos são festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do país. Algumas têm origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são folclóricas. Autos, folguedos, folganças, bailados ou danças dramáticas denominam expressões complexas em que, no mais das vezes, a dança se constitui em elemento de destaque.
Folguedo é a denominação mais aceita. Designa todo fato folclórico, dramático, coletivo e com estruturação, priorizando, ora o elemento dramático, ora o do brinquedo ou o coreográfico. "A característica essencial do folguedo é o sentido de representação. No folguedo o indivíduo assume provisoriamente um ou vários papéis na apresentação".Traduz-se em representação, espetáculos, por vezes, em cortejo. Bailados coletivos que, junto com obedecerem a um tema dado tradicional e caracterizador, respeitam o princípio formal das suítes, isto é, obra musical constituída pela seriação de várias peças coreográficas. Dramático, não só no sentido de ser uma representação teatral, mas também por apresentar um elemento especificamente espetacular, constituído pelo cortejo, sua organização, danças e cantorias.
Coletivo, por ser de aceitação integral e espontânea de uma determinada coletividade; e com estruturação, porque através da reunião de seus participantes, dos ensaios periódicos, adquire uma certa estratificação. Seu cenário são as ruas e praças públicas de nossas cidades, especialmente nos dias de festas locais, em louvor dos santos padroeiros ou do calendário.
Na verdade são representações com muito ritmo, vários personagens e um enredo.    O mais conhecido é o Bumba-meu-Boi. A Congada, realizada em vários estados brasileiros, entre eles Paraná, Minas Gerais e Paraíba, representa a luta entre dois grupos, os cristãos e os mouros. As festas populares são fatos sociais complexos, conjuntos de cerimônias, de rituais coletivos que visam celebrações de cunho religioso ou profano. Mostraremos aquelas de motivações profanas ou religiosas que se mantêm em função da cooperação de toda uma comunidade, organizadas com a participação, senão de todos, mas de grande parte dos membros da mesma: são as "festas que o povo se dá", no dizer de Peter Burke. Em suas realizações, as pessoas não são meros observadores, consumidores, mas os sujeitos das ações, seus atores sociais.
As comunidades se envolvem em todas as etapas da mesma: na preparação, durante a fase cerimonial, que é ao mesmo tempo de fruição e de atuação, e no rescaldo e retorno à rotina. Durante seus períodos festivos, o tempo cotidiano é substituído pelo tempo ritual da festa - é a ruptura da rotina. As comunidades se purgam de suas contradições sociais - o espaço da festa passa a ser território comum em que todos os cidadãos circulam/convivem para além de suas diferenças. E, por vezes, evidenciando-as. Não são estruturas fixas, mas um contínuo de mudanças: as celebrações pouco se transformam, e ao mesmo tempo escapam ao desgaste do tempo. São sempre as mesmas, mas nunca iguais. Há festas de grande difusão nacional, religiosas ou profanas, públicas ou domiciliares, e se constituem fenômenos paradoxais.
Nelas estão inseridos os nossos folguedos - Congos ou Congadas, Moçambiques, Folias ou - representações que se dão por vezes em cortejo, tendo por cenários as ruas e praças públicas de nossas cidades, especialmente nos dias de festas em louvor dos santos padroeiros e do calendário litúrgico ou profano. Seus participantes se organizam em grupos estruturados, respeitando a divisão de trabalho e hierarquia interna. Necessitam de ensaios periódicos, o que faz seus funcionamentos ultrapassarem o momento da representação, exigindo dos mesmos certa permanência nos grupos. A Festa, de um modo geral, é uma reunião de pessoas que comemoram um batizado, um casamento, uma data cívica, ou o dia consagrado a um santo. Mas o povo entende que a festa é o Natal e o mês de festa é dezembro, quando se trocam cartões natalinos e presentes, e considera o Natal, o Carnaval e o São João como as três principais festas do ano.

FOLGUEDOS:
Boi-de-mamão
Boi-na-vara
Boi Bumbá
Bumba meu Boi
Caiapós
Cavalhadas
Carreira-de-cavalos
Congadas
Cordão-de-bichos
Fandamgo
Reiadas
Reisado
Pastorinha
Folia de Reis
Pastoria
Folias Paulistas
Moçambique
Quilombos
FESTAS:

Doma - Rodeio
Círio de Nazaré
Congada e Moçambique
Festas Juninas
Folia do Divino
Irmãos da Canoa - Festa do Divino
Procissão - Nossa Sra. dos Navegantes
Reisado - Folia de reis
Senhor do Bonfim
Nossa Sra. da Conceição
Iemanjá
Missa do Vaqueiro
Paixão de Cristo
Romaria de Juazeiro do Norte
Festa da Uva
Festa da Cerveja


DANÇAS

Ao lado das danças da moda, que se popularizam, são consumidas e substituídas no tempo estabelecido pela mídia e de uma grande gama de expressões estéticas, existem as expressões folclóricas/populares, dança por espírito lúdico, socializante, extravasamento de alegria, comemoração de vitórias, celebração de fatos. De natureza socializante e executadas por espírito lúdico, extravasamento de alegria, comemoração de vitórias, celebração de fatos, continuam a animar as festas de casamento ou simples encontros sociais, agregando jovens e velhos.
           São expressões ligadas intimamente à vida das comunidades, aos seus ciclos festivos, aos seus calendários e acontecimentos. Pertencem ao domínio do coletivo, da participação geral. Não pressupõem assistência/platéia: todos os circunstantes podem nela se envolver, se o desejarem. Nelas, a música, o canto e o gestual encontram-se perfeitamente interligados, interativos.
          Transformam-se, atualizam-se, mas fora do ritmo vertiginoso das expressões massivas. Seu aprendizado se dá pela interação, em que se preserva uma grande dose de espontaneidade, que lhes confere fluidez e flexibilidade. Danças de pares, enlaçados ou simplesmente de mãos dadas (tchotes, mazurcas, vaneirinhas, caranguejo, palminha e tantas outras) trazidas na bagagem do europeu e aqui assimiladas e transformadas, muitas delas guardando traços das antigas contradanças européias e danças de terreiro (batuques, Jongo, sambas, cocos, ...), contribuições dos negros, que conferiram com a inclusão do tronco (nos mais variados movimentos de torção, contração, projeção, pulsação/vibração), das espáduas e da pélvis, maior riqueza às nossas danças. Por danças folclóricas/populares, compreenderemos:
v Expressões ligadas intimamente à vida das comunidades, aos seus ciclos, aos seus calendários e efemeridades;
v Expressões que se apóiam na circularidade - não pressupõem representação, atuação e assistência/platéia. Todos os que se inserem de alguma forma na roda (até mesmo os que se sentam à volta, quando realizados em salões) podem se envolver com a dança, se desejarem, desde que devidamente adequados às suas peculiaridades.
v São do domínio do coletivo, da participação geral, da colaboração instintiva.
v Nelas a música, o canto, o gestual encontram-se perfeitamente interligados. Interativos.
v São do domínio da tradicionalidade, isto é, têm uma dinâmica própria, mais lenta. Transformam-se, atualizam-se, mas fora do ritmo vertiginoso das expressões massivas. Portanto, seu aprendizado se dá pela interação.
v  Em que se preserva uma grande dose de espontaneidade, que lhes confere fluidez e flexibilidade.
É bom frisar que as danças folclóricas, de um lado, existem como expressões autônomas, e a elas se aplicam as observações que acabamos de fazer. Sua essencialidade formal pode ser resumida na citação de Alceu M. de Araújo (alertando, entretanto, não se tratar de arte). De outro, estão inseridas em formas de expressão mais complexas, sendo, muitas vezes, seu elemento primordial - são os autos, folguedos, folganças, bailados ou danças dramáticas. A denominação mais difundida e aceita ficou sendo mesmo folguedo.Entretanto, a função da dança inserida nos folguedos, ainda que elemento constitutivo destes, e por vezes primordial, é essencialmente diferente daquela quando praticada de forma autônoma.A dança, pode-se dizer, é um fato folclórico completo, pois possui todas as suas principais características.
É a manifestação espontânea de uma coletividade, sendo portanto coletiva e aceita pela sociedade onde subsiste. Tem como cenário normal as ruas, largos, praças públicas e possui estruturação própria através da reunião de seus participantes e ensaios periódicos. As danças brasileiras, não só pela quantidade e variação, como pela sua freqüência, são as expressões mais fiéis de nosso espírito musical.
Danças
Região Norte

Jacundá
Marabaixo
Marujada
Tirana

Região Nordeste
Babaçuê
Bangulê
Baião
Balaio
Bambelô
Bate-Baú
Batucajé
Cabinda
Capoeira
Catimbó
Cavalo Marinho
Cinzas
Coco
Frevo
Jongo
Maculelê
Maracatu
Meia-Canha
Mineiro-Pau
Nau Catarineta
Punga
Quilombos
Rojão
Trio Elétrico

Região Centro Oeste
Marimbondo
Palminha
Recortado
Serra Moreninha
Volta Senhora

Região Sudeste
Bate-Caixa
Bate-Pé
Caiapós
Calango
Cateretê
Chiba
Cururu
Lundu
Mana-Chica
Moçambique

Região Sul
Pericom
Bambaquerê
Chico
Chimarrita
Chula
Cielito
Doadão
Fandango
Gato
Puxirum
Quero-Mana
Tatu
Tiran
a
ARTESANATO E CULINÁRIA

O artesanato é um dos tópicos de abordagem mais complexa, e mais desafiadora, no universo da cultura popular. Neste item consideramos aqui somente a produção que, mantendo laços com a história da comunidade que a produz, conserva traços identitários. O artesanato é uma manifestação popular, onde a criação de objetos utilitários é manual, feitos um a um, sem o auxílio de máquinas ou equipamentos motorizados. As formas de artesanato se repetem, pois a técnica é passada de pai para filho, de geração em geração. Essas formas pouco a pouco são absorvidas pelo povo, se espalhando por todas as partes do país, principalmente nas áreas pobres e abundantes em matéria-prima. O artesão traduz em sua arte, às vezes com uma espontaneidade ingênua, mas rica e vibrante, suas crenças e tradições, expressando de forma marcante a criatividade e a ousadia da arte popular de sua região. A arte folclórica é expressa através de pinturas, de esculturas, nos acessórios domésticos, nos utensílios caseiros, na indumentária, nas rendas, nos bordados, dobraduras e em tantas outras expressões. Sua função é decorativa. O artesanato folclórico tem função utilitária, como as cestarias, a tecelagem, a cerâmica e as próprias ferramentas de trabalho do artesão.
Os índios foram os nossos primeiros artesãos. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, encontraram uma civilização que dominava a arte da pintura utilizando os pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica. Imagine uma colcha de retalhos multicolorida com uma mistura de figuras geométricas, estampas e texturas. Assim é nossa herança cultural. Redes de dormir, chinelo de palha, cerâmicas, panelas de barro, artigos de pedra sabão, rendas de bilro são alguns dos objetos feitos por nossos artesãos. Conhecer, cultivar e estudar nossas tradições é uma forma de manter vivas as raízes nacionais. Não foram apenas costumes, danças, lendas, festas dentre outras inúmeras manifestações culturais que foram fruto da miscigenação racial do povo brasileiro, na sua formação. Mais uma das qualidades inigualáveis quanto ao sabor, qualidade, beleza e variedade é a Culinária do Povo brasileiro, culinária esta que se utilizou das influências indígenas, negras, européias para fazer a base da alimentação no Brasil,na formação dos pratos típicos devemos ressaltar estes três povos como influenciadores na nossa culinária. Cada região tem suas comidas ou pratos típicos que caracterizam a culinária.
           No Norte, por causa das florestas e rios e influência indígena, predominam as frutas, peixes e a mandioca. No Nordeste, vê-se a predominância do coco, que veio da Índia, do dendê, de feijões, inhame, macaxeira, doçaria variada, peixes e crustáceos, destacando-se na região a culinária baiana, com uma grande influência africana e a de Pernambuco, com pratos como buchada de bode e alfenins, um doce de açúcar branco de cana-de-açúcar. No Ceará, há uma grande variedade de pratos com peixe, camarão e lagosta e a famosa rapadura feita de açúcar de cana. No Rio Grande do Norte, além de peixes e crustáceos é muito conhecida a carne-de-sol, servida com farofa e feijão verde. Em Alagoas pratos com frutos do mar e também crustáceos de água doce, como o conhecido sururu. No Centro-Oeste, por causa dos grandes rebanhos de gado bovino há predominância dos pratos de carne, bebida com erva-mate, peixes, aves e caça do Pantanal, além do pequi, fruta do cerrado usada em vários pratos da região. No Sudeste, devido a sua característica cosmopolita há todos os sabores do mundo. No Rio de Janeiro, pode-se citar como típico a feijoada carioca, feita de feijão-preto e em São Paulo o cuscuz-paulista . Em Minas Gerais, a culinária é uma mistura da cozinha portuguesa, africana e indígena com destaque para a fartura de carnes, variedade de doces e o famoso pão de queijo mineiro. que tem uma rica e variada culinária, além de produtos derivados do leite, há os biscoitos, pães de queijo, angu, couve e diferentes pratos preparados com carne de porco, milho e o famoso tutu,.  feito com feijão. Nas festas religiosas ocorrem os tradicionais folguedos que são danças dramatizadas. As figuras típicas do estado são o tropeiro,garimpeiro, o boiadeiro e o vaqueiro.
        O modo de se falar abreviadamente é outra peculiaridade do mineiro e uma das expressões características é o famoso "uai".No Espírito Santo, são famosos seus pratos de peixe preparados com urucum e a moquecas capixabas. No Sul, por conta da imigração há muita influência das cozinhas italiana, alemã, polonesa entre outras. É a região das carnes, preparadas como churrasco, além de lingüiças temperadas e picantes e o famoso Barreado paranaense, comida tropeira, porco no rolete, pinhão e chimarrão.


BRINCADEIRAS E CANTIGAS

Brincar em companhia é oportunidade de socialização para as crianças. Jogar com os coleguinhas é expressão de amizade, estreitamento dos laços sociais. Ademais a atividade lúdica é espontânea na criança e, pelo seu caráter desinteressado, pode ser considerado como uma das raízes da atividade estética. Não há criança, em canto algum, nas comunidades isoladas e urbanas, que não brinque. E isto faz das brincadeiras populares o traço cultural de maior pertinência no folclore urbano e rural. Quem não conhece uma brincadeira, um versinho popular ou uma cantiga de roda? As músicas, os brinquedos e os jogos fazem parte do rico folclore infantil brasileiro. Os jogos tradicionais infantis compreendem brinquedos e brincos, ou brincadeiras.
Brinquedos são aqueles em que não há disputa, brinca-se por brincar. Joga-se por jogar. Brincar com boneca, cata-vento, aro de rodar, papagaio (arraia ou quadrado), ronda, cirandinha...Brinquedos ou brincadeiras são aqueles jogos em que há disputa, que provoca o desejo de ganhar, de vencer: bolinha de gude, unha de mula, ou sela-corrente, carniça, amarelinha, roda de pião, futebol de bola de meia. Tudo permanece fiel às origens, século após século, no conservador universo das brincadeiras infantis. Considerado como parte da cultura popular, a brincadeira tradicional guarda a produção espiritual de um povo em certo período histórico. Essa cultura não oficial, desenvolvida, sobretudo pela oralidade, não fica cristalizada. Está sempre em transformação, incorporando criações anônimas das gerações que vão se sucedendo. Não se conhece a origem das brincadeiras. Seus criadores são anônimos. Sabe-se, apenas, que são provenientes de práticas abandonadas por adultos, de fragmentos de romances, poesias, mitos e rituais religiosos.
A tradicionalidade e universalidade das brincadeiras assentam-se no fato de que povos distintos e antigos como os da Grécia e Oriente brincaram de amarelinha, de empinar papagaios, jogar pedrinhas, e até hoje as crianças o fazem quase da mesma forma. Elas foram transmitidos de geração em geração...  Pode-se concluir que a maioria das brincadeiras tradicionais infantis incorporadas à lúdica brasileira chegou ao país por intermédio dos portugueses, mas já carregavam uma antiga tradição européia, vinda de tempos remotos. Posteriormente, no Brasil, receberam novas influências, aglutinando-se com outros elementos folclóricos como o do povo negro e o do índio. Essa cultura da criança, que inclui jogos de rua e de salão, cantigas de roda e parlendas (ditos e rimas), resiste nos quatro cantos do Brasil desde o século 17 até hoje. Muitas brincadeiras preservam sua estrutura inicial, outros modificam-se, recebendo novos conteúdos. A força de tais jogos explica-se pelo poder da expressão oral.
          As brincadeiras costumam variar conforme a região, mas mantêm sua essência, sua forma e sua poesia. O aspecto que mais se altera é a letra das canções e o próprio nome dos jogos e trava-línguas. A mesma brincadeira que se chama barra-bandeira em Pernambuco tem o nome de rouba-bandeira em São Paulo, salva-bandeira em Florianópolis, bandeirinha em Belém e vitória em Diamantina.
        Percebe-se também de que o folclore infantil resiste heroicamente à modernidade, a suas ideologias e tecnologias. Mantém-se íntegro à medida do possível, respeitando velhas estruturas de gênero - alguns jogos só de meninos, outros só de meninas -, de regras, de leis internas e de conteúdos que funcionam até hoje como poderoso instrumento de ordenação, representação e expressão do mundo caótico dos adultos. A roda infantil é uma das primeiras manifestações do espírito associativo das crianças. É também um dos melhores meios na sua educação musical, e ótimo veiculo de transmissão das tradições através das gerações.As mães e as avós ensinam às crianças as cantigas de roda que cantaram na sua infância.As cantigas de roda têm influência dos nossos antepassados portugueses e africanos.
Certas músicas que se ouve durante a infância são tão marcantes que, mesmo quando adultos, ainda se lembra das letras e melodias de muitas delas. Existe um momento na vida da criança em que ela acredita nas ilusões e mergulha no mundo da fantasia, mesmo conhecendo e aceitando a realidade da qual participa. Neste transitar entre aceitar o real e viver no sonho, as cantigas de roda representam para a criança a confiança e a certeza de que necessita para investir na conquista de si mesma e do mundo.
O brincar de roda é uma atividade em que a criança desenvolve a criatividade e na qual resgatamos o folclore infantil brasileiro, uma vez que cada cantiga é aprendida e passada, ou melhor dizendo, cantada, de geração em geração. Com certeza sua mãe algum dia já cantou docemente pra você dormir. Você lembra daquelas canções de ninar cantadas para você? E as músicas que se canta, brincando de roda com os amiguinhos? Mesmo com poucas e vagas lembranças, essas canções foram e são muito importantes para a formação musical infantil. Na calçada, no quintal ou na escola, aprende-se com as cantigas de roda a se socializar cantando, além de vivenciar uma variedade de ritmos e sons. As canções de ninar ou acalantos são os primeiros estímulos para o desenvolvimento musical da criança.


ADIVINHAS / PARLENDAS / TRAVA-LÍNGUAS
O que é, o que é
que anda com os pés na cabeça?
Resposta: - Piolho.
O que é, o que é
que na mesa se parte e reparte,
mas não se come?
Resposta: - Baralho.

PARLENDAS
Parlendas são brincadeiras em versos com rimas de cinco a seis sílabas e acompanhadas por dramatizações, movimentos e mímicas. É uma brincadeira utilizada com a palavra, para entreter, acalmar ou divertir a criança.Você já ouviu algumas expressões, que ninguém sabe quem disse pela primeira vez, quem inventou, nem para quê? São as parlendas. Isso também é folclore, que é tudo que a gente faz, sabe, diz, canta, expressa de alguma forma, sem precisar aprender, só ouvindo falar, vendo fazer, ou sabendo porque todo mundo sabe. Quando a parlenda é destinada à fixação de números ou idéias, cores, meses, tem um nome estranho,Mnemônia.
Por exemplo:
"Um, dois, feijão com arroz
três, quatro, feijão no prato,
cinco, seis, feijão pra três,
sete, oito, feijão com biscoito,
nove, dez, feijão com pastéis."

QUADRINHA OU TROVINHA
Quadrinha ou Trovinha é uma estrofe que possui 4 versos e palavras rimam entre si.
Por exemplo:

Sou pequenino
Do tamanho de um botão
Carrego papai no bolso
E mamãe no coração
Já a chuva foi embora
Que azul ficou o céu!
E quantas gotinhas ficaram
Na aba do meu chapéu
Minha enxadinha
Trabalha bem
Corta os matinhos
Num vai e vem.

TRAVA-LÍNGUAS
Trava-línguas são parlendas que apresentam dificuldades na pronúncia de suas frases, com pequenos versos, em que se brinca com a fonética, a pronúncia das palavras, através de repetições e rimas similares ou contrárias.
Por exemplo:

"O rato roeu a roupa
da rainha do rei de Roma.
O rei de Roma de raiva,
roeu o resto."
"O tempo perguntou ao tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu ao tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto o tempo o tempo tem."
"O pinto pia, a pia pinga.
Pinga a pia e o pinto pia.
Quanto mais o pinto pia
                                                                    mais a pia pinga."


"A aranha arranha o jarro,
o jarro arranha a aranha."



CRENÇAS, AMULETOS E SIMPATIAS

 Crença ou superstição é  a prática que, geralmente, se considera irracional ou resultado da ignorância e do medo do desconhecido. Implica em crença nas forças invisíveis sobre as quais é possível influir. Tradicionalmente existe todo um universo de crenças, que permanentemente ameaçam as pessoas, uma das mais temidas é a do "mau-olhado" que leva a toda uma série de sintomas e malefícios. A "doença" típica provocada pelo mesmo é o "quebranto", onde o acometido tem perda da vivacidade, olhos lacrimejantes, sonolência entre outros. A cura só se dá através de muita benzedura. Não é aconselhado segundo a crença popular, brincar com a própria sombra, pois pode "trazer doença". Também contar estrelas faz nascer verrugas.
Deve-se evitar ter em casa búzios e caramujos ou barcos em miniatura, pois os mesmos "chamam" males. Borboletas pretas, mariposas, morcegos e cobras são animais peçonhentos que representam mau agouro; foram criados pelo diabo. Matar gatos traz sete anos de atraso na vida; moça que pisa em cima de seu rabo não casa.Esses são apenas alguns exemplos das infindáveis superstições e crenças que faziam e fazem parte do cotidiano de algumas comunidades, por vezes ditando normas e condutas sociais. No dia-a-dia o homem cria ferramentas e utensílios para atender as suas necessidades. Para restabelecer sua saúde, utiliza remédios, poções e até rezas. Para sua proteção, lança mão de simpatias e amuletos. Esses são alguns traços culturais espontâneos que se referem à família, trabalho, profissões e outros. A cultura está alicerçada nos fundamentos da crença. Festas são um conjunto de cerimônias e rituais de caráter comemorativo. Nas manifestações de caráter religioso, o homem brasileiro vivencia diversas crenças. Crendice é a superstição que o povo tem de fazer ou não alguma coisa.
Por exemplo: a) deixar o chinelo emborcado, a mãe pode morrer; b) passar por baixo de uma escada não é bom, podem acontecer desgraças na vida da pessoa; c) abrir-a-boca (bocejar) e não fazer o sinal da cruz, o diabo pode entrar.Na religiosidade popular, as orações e benzeduras são utilizados principalmente para curar doenças e afastar os males. Para muitos, mais eficazes que os remédios.Existem benzeduras para quase tudo: cobreiro, sapão, quebrante, arca caída etc.Há orações com os mais diversos objetivos: casamento, para dormir, ser feliz, para abrandar os mais exaltados, etc.etc. Veja alguns exemplos de crendices ou superstições de cunho popular: Coceira na Mão : Se a palma da mão esquerda coçar, é sinal de que vem vindo dinheiro. Mas se a palma da mão direita é que estiver coçando, uma visita desconhecida está para aparecer. Orelha Quente : Se sua orelha esquentar de repente, é porque alguém está falando mal de você. Nesses casos, vá dizendo os nomes dos suspeitos até a orelha parar de arder. Para aumentar a eficiência do contra-ataque, morda o dedo mínimo da mão esquerda: o sujeito irá morder a própria língua.
Gato Preto : Na Idade Média, acreditavam-se que os gatos eram bruxas transformadas em animais. Por isso, a tradição diz que cruzar com um gato preto é azar na certa.
Espelho Quebrado : A superstição prega que serão sete anos de má sorte. Ficar se admirando num espelho quebrado é ainda pior - significa quebrar a própria alma. Ninguém deve se olhar também num espelho à luz de velas. Não permita ainda que outra pessoa se olhe no espelho ao mesmo tempo que você. Guarda-Chuva : Dentro de casa, o guarda-chuva deve ficar sempre fechadinho. Segundo uma tradição oriental, abri-lo dentro de casa traz infortúnios e problemas de saúde aos familiares. Aranhas: Aranhas, grilos e lagartixas representam boa sorte para o lar. Matar uma aranha pode causar infelicidade no amor. Verrugas: Segundo a superstição popular o que faz nascer verrugas é apontar para estrelas, ou deixar pingar o sangue de uma verruga na pele. Brinde: Se a pessoa estiver bebendo alguma bebida alcoólica, não brinde com alguém cujo copo contenha uma bebida sem álcool. Vocês estarão se arriscando, nesse tim-tim, a ter seus desejos invertidos.Sexo do bebê: Existem algumas crendices para tentar adivinhar. 1.Pedir à futura mamãe que mostre a mão é uma delas. Se ela a estender com a palma para baixo, será menino. Se a palma estiver para cima, nascerá uma menina. 2. Existe também a linguagem do ventre. Se for pontudo e saliente, é sinal de que um menino está para chegar. Arredondado e crescendo para os lados será menina. Provavelmente você já ouviu falar de amuletos ou talismãs - pequenos objetos (figuras, medalhas, figas) que tem poderes mágicos e que pode afastar o azar ou trazer sorte, possibilitando a realização de aspirações ou desejos. Esses amuletos são uma constante no comportamento humano e, desde a antiguidade, são encontrados nas mais variadas culturas. Geralmente feitos de pedra ou pedaço de metal com uma inscrição gravada, os amuletos são usados, principalmente, em volta do pescoço para proteção contra doenças e bruxarias e para afastar desgraças e malefícios, além de trazer sorte. Segundo uma tradição dos povos ribeirinhos da Amazônia, o olho do boto ou do peixe-boi serve para enamorar as pessoas. Ouvir o canto do uirapuru garante a felicidade e conservar a pele do jurutau, ave de hábitos noturnos, protege as moças virgens.
A figa, que muitos acreditam ser de origem brasileira, já era um amuleto popular na Grécia e em Roma. Tendo sido usada para combater a esterilidade, também lhes são conferidos poderes contra o mau-olhado (poder maléfico atribuído ao olhar de certas pessoas, podendo provocar desgraças, doenças e até a morte).
São inúmeros os amuletos e talismãs usados para afastar o mau-olhado e o azar, trazendo sorte e proteção contra doenças e bruxarias: pé-de-coelho, figa, ferradura. Dentre os quais podemos citar ainda o Trevo de 4 folhas.O Trevo é uma planta herbácea cujas folhas são dotadas de três folíolos (folhas), e que crescem espontaneamente nas terras das regiões temperadas. Raramente é encontrado um Trevo com 4 folhas e, quando isto acontece, é interpretado como sinal de boa sorte. Por mais incrível que possa parecer, possuir um Trevo de 4 folhas traz sorte possibilitando alcançar a realização de suas aspirações e desejos. E é como diz o adágio popular: sorte tem em quem nela acredita. Simpatia é uma prática muito difundida entre as diversas classes sociais, empregada com a finalidade de chamar chuva, curar doenças, afastar formigas, encontrar noivo, achar emprego, fazer chover, etc. 
Entre as muitas simpatias, lembramos:
 1. Para menino aprender a andar: dar de beber à criança água da primeira chuva de janeiro;
2. Para câimbra: amarrar um barbante virgem na perna;
3. Para dor de dente: aplicar na cárie cera de ouvido de cachorro;
4. Para bronquite: matar uma barata, colocar num saquinho de pano e amarrar no pescoço do paciente;
5. Coceira: passar urina de vaca no lugar afetado;
6. Embriagues: colocar um pedaço de limão no bolso do bêbado;
7. Insônia: colocar três folhas de alface na fronha do travesseiro;
8. Para dor de barriga: tomar chá feito com olhos da goiabeira;
9. Suor nas mãos: passar as mãos na parede de uma igreja;
10. Urina solta: urinar dentro de uma casca de ovo e enterrá-la num formigueiro.



RELIGIÃO E CULTOS POPULARES 


Compreender e preservar as tradições é caminho para o fortalecimento de nossa identidade. Brasil, país de índios, negros, de descendentes de europeus e asiáticos, país multiétnico onde mesmo as manifestações de fé não dispensam o canto, a dança, a música e a comida que alegram o espírito. As festas populares estão ligadas à religião e ao trabalho do povo. No calendário brasileiro existem várias festas populares com suas missas, romarias e procissões tanto na terra como no mar.
 Alegria, tradições culturais, comidas típicas e rituais religiosos fazem parte dessas comemorações que se realizam na maioria das cidades do país. A cultura brasileira recebeu a contribuição de diversos povos, o que levou nossas festas populares a terem identidade própria, pois resultaram da mistura de diferentes histórias e costumes. Em junho, o Brasil ganha arraiais coloridos. Escolas, ruas, praças e clubes são decorados com bandeirinhas, barracas e fogueiras para as festas dedicadas a São João, Santo Antônio e São Pedro. É hora de dançar quadrilha, participar de jogos e brincadeiras. Muitas são as delícias para saborear: pipoca, pinhão, pé-de-moleque, canjica e paçoca de amendoim. Os mais corajosos enfrentam o pau-de-sebo, um tronco alto e escorregadio, difícil de subir. Quem quer namorar faz simpatias e pedidos para Santo Antônio, o santo casamenteiro. A Folia de Reis é uma das várias comemorações de caráter religioso que se repetem há séculos em nosso país. Ela é realizada entre a época do Natal e o Dia de Reis, em 6 d e janeiro.
Grupos de cantadores e músicos percorrem as ruas de pequenas cidades como Parati, no Rio de Janeiro, e Sabará, em Minas Gerais, entoando cânticos bíblicos que relembram a viagem dos três Reis Magos que foram a Belém dar boas-vindas ao Menino Jesus.De origem portuguesa e com características diferenciadas em cada região do Brasil, a Festa do Divino é composta de missas, novenas, procissões e shows com fogos de artifícios. Em cidades do Maranhão, bonecos gigantes divertem as crianças, enquanto grupos de cantadores visitam as casas dos fiéis recolhendo ofertas e donativos para a grande festa de Pentecostes. Em Piracicaba, interior de São Paulo, as comemorações ocorrem em julho, às margens do Rio Piracicaba, reunindo milhares de pessoas. Em Belém do Pará acontece anualmente em outubro uma grande festa religiosa que chega a reunir cerca de 1 milhão de pessoas: o Círio de Nazaré.
A multidão lota as ruas da cidade para acompanhar a procissão, que dura até cinco horas, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Os romeiros que vão pagar promessas pela cura de doenças, por exemplo, andam descalços e seguram a corda de isolamento que protege a santa. No final, os participantes vestem roupas novas e se alimentam dos pratos típicos da região, como o pato no tucupi, o tacacá e o arroz com pequi. Salvador, na Bahia, é uma das cidades com o maior número de movimentos culturais e folclóricos do Brasil. Grande parte da cultura baiana compõe-se de motivos religiosos, trazidos pelos escravos africanos, fazendo do soteropolitano (quem nasce na cidade de Salvador) o povo mais devoto do Brasil. Alguns desses rituais reúnem milhares de pessoas, que saem às ruas para celebrar datas e divindades e ajudam a tornar Salvador conhecida em todo o país por sua religiosidade. Lavagem do Bonfim Todo mês de janeiro, milhares de romeiros juntam-se em Salvador para lavar as escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. Esse ritual iniciou-se no século XVIII, ainda muito timidamente.
Com o passar do tempo, o número de participantes foi aumentando e, hoje, é uma das mais tradicionais cerimônias religiosas do país.Depois da lavagem, os romeiros vão para as ruas da cidade, onde fazem uma grande festa, com direito a capoeira, samba e muita comida típica.Festa de Iemanjá Nas religiões africanas, Iemanjá é a "rainha do mar", ou "mãe das águas". Ela é homenageada no dia 2 de fevereiro. Nessa data, os devotos de Iemanjá lançam ao mar, da beira da praia ou a bordo de saveiros, presentes como espelhos, pentes, perfumes e jóias na tentativa de agradá-la. Segundo a tradição, se a mãe das águas gostar dos presentes, eles ficarão no fundo do mar. Mas, se ela não gostar, as oferendas voltarão à praia, para a tristeza dos devotos.Candomblé Trazido ao Brasil pelos escravos africanos na época da colonização, o candomblé era uma religião proibida pelos senhores de escravos.
De acordo com a crença, cada pessoa tem um protetor, chamado de orixá. Conduzido pelas mães-de-santo, o ritual tem cantos e danças e os participantes tentam entrar em contato com os deuses da religião. Quando as filhas-de-santo conseguem chamá-los, eles são saudados com muita alegria.Afoxé é de Origem Africana, apresenta no seu contexto elementos ligados a religiosidade dos africanos aqui no Brasil que para estes adeptos principalmente do Candomblé Jeje-Nagôs é quase que uma obrigação levar o axé (energia positiva) aos festejos que participam. Os antigos Afoxés ao se prepararem para desfilar sobretudo no Carnaval, primeiramente eram preparados espiritualmente seguindo os Rituais do Candomblé nos Terreiros, com oferendas aos Orixás, pois eram adeptos ou muito ligados a esta Religião, atualmente isto não acontece pois muitas pessoas que brincam nos Afoxés não têm vínculos com o Candomblé, pois a liderança que organizavam tal desfile em muitos locais não mais pertencem ao líder religioso (Pai de Santo = Babalaorixa, ou a Mãe de Santo = Yalorixa).
O Afoxé desfila separado de qualquer outra manifestação,pois apenas podem participar quem esta no grupo que na sua grande maioria são homens, as roupas são iguais a todos, na maioria das vezes utiliza-se um adereços como Contas dos Orixás (conjunto de miçangas que unidas formam um tipo de colar que é preparado com ervas e outros produtos para poder ser utilizado pelo filho do Orixá como sinal de respeito e proteção, cada Orixá é representado por uma cor ou conjunto de cores nas contes), más muitas vezes as contas utilizadas no Afoxé não apresentam nenhum preparo espiritual, Turbante na cabeça, uma Bata (espécie de Camisa de origem africana), Calça todos da cor branca que simboliza a paz o Orixá Oxalá. Os Cantos e a dança executados durante o desfile estão também ligados ao Candomblé, o canto é em língua Nagô, os instrumentos musicais mais utilizados são os 3 atabaques (ru, rumpi, le), agogô ou gam, xerê.



                                     CORDEL E REPENTES

Recebem o nome de Literatura de Cordel as obras que são produzidas pelo povo. Essas obras não produzem nível artístico, mas sim muita difusão popular da arte folclórica. Nessa manifestação o povo canta os costumes, as crenças ou personagens (reais e imaginárias).No Nordeste, os exemplares têm a tiragem mínima de 500 mil cópias e são vendidos nas feiras populares. Recebe o nome de cordel, por serem expostas à venda pendurados em fios de barbante. Os temas são geralmente populares como a história do Padre Cícero, Lampião, Pedro Malasartes, Surubim, etc. Essa denominação foi dada pelos intelectuais e é como aparece em alguns dicionários. O povo se refere à literatura de cordel apenas como folheto. A literatura de cordel chegou ao Brasil na segunda metade do século XIX, através dos portugueses.
Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil. De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são : festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público.
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros ( 1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros e Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva).Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa. Os Repentes ou Desafios são cantorias populares, geralmente apresentadas em duo e totalmente improvisadas com acompanhamento rítmico. Sua origem remota a formação do povo brasileiro, pois é de origem árabe, e foi introduzido no Brasil a partir dos Portugueses.O Desafio Português que se fixou no Brasil seguiu o processo Clássico do acompanhamento musical.
          No Sul do Brasil o desafio adota as características diferentes do Nordeste, passando a ter na musica caráter menor de desafio entre os tocadores/cantores, e passando a ser mais descritiva,a musica é cantada ao mesmo tempo que é tocado o instrumento , sempre juntos. No Nordeste, por exemplo, particularmente o canto é independente do acompanhamento musical. Os instrumentos tocam exclusivamente quando ninguém esta cantando. No Sul e Nordeste a Música sofre mudanças quando a sua função no repente, pois no Sul ela é cantada e acompanhada pelos instrumentos, e no Nordeste os cantadores só cantam sem acompanhamento musical,servindo para dar espaço entre a pergunta e a resposta do outro cantador (elemento fundamental do repente no Nordeste). As letras das musicas são sempre cantadas após os músicos fazerem suas apresentações individuais,as musicas podem ser sobre: adivinhações, enigmas, curiosidades(das mais variadas), histórias sagradas, insultos, histórias de cidades, e diversos outros assuntos. Os Instrumentos Musicais são fundamentais no Repente,devido as Regiões eles são mais utilizados ,em alguns locais são utilizados violas (10 ou 12 cordas), sanfona e pandeiro, sempre ao par.

 Caju e Castanha são repentistas nordestinos que fazem do Cordel brasileiro a alegria popular.
ETAPAS PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO

1ª ETAPA: Sondando o que o ALUNO e sua FAMÍLIA sabem sobre o tema;

       a– O professor elabora um questionário com questões fechadas e espaço para outras
observações, para que os alunos e sua família respondam sobre: quantas vezes por semana em sua casa lêem sobre o assunto, assistem filmes, vão a teatros, cinemas, museus, bibliotecas; como separam as leituras...; se as separam; quais são as preferidas etc... e outras questões que o professos julgar relevantes.
         b– As informações obtidas serão tratadas para, a partir delas, fazer-se uma análise sobre como as famílias orientam seus filhos, e se tiram tempo para trocar idéias com eles sobre a educação. A partir destas leituras, os próprios alunos farão seus trabalhos de pesquisas na biblioteca, e em sala com o auxílio dos professores, produzirão tabelas, gráficos e pequenos textos, debates, atividades artísticas, danças, musicais, recitais, teatros, etc. relacionados ao tema.

2ª ETAPA: Investigando a consciência cidadã e folclórica de quem trabalha e convive com parte da nossa história:
a-                 Preparar e realizar uma visita ao Museu ou Bibliotecas, Casa da Cultura, Oficina Cultural para entrevistar as pessoas que ali trabalham, sobre: como os cidadãos vêem o folclore brasileiro, estamos preservando para as futuras gerações parte da nossa cultura e de nossos antepassados, o que estamos fazendo para melhorar os locais que guardam o acervo cultural de nossa cidade? Além das respostas obtidas, todos os momentos devem ser registrados com desenhos, fotografias ou filmagens.
b-Para trabalhar junto à população, além de um trabalho de multiplicadores de informações e novas condutas em sua própria casa, os alunos podem realizar folhetos de informação sobre o tema, destinados à comunidade.

ABRANGÊNCIA
ÁREAS ENVOLVIDAS: Língua Portuguesa, História, Matemática, Geografia, Ciências, Ensino de Artes, Teatro, Ensino Religioso, Educação Física.

INTEGRAÇÃO DE ÁREAS DE CONHECIMENTO

L.PORU-
GUESA
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
ARTES
ENS. RELIG.
TEATRO
ED. FÍSICA
O professor auxiliará os alunos na elabora
ção do roteiro de entre
vistas,  elabora
ção de pregões, parlen-
das, prover
bios, (se for a opção da turma) e nos textos para o painel.
O professor auxiliará os alunos no  trata
mento das  informa-
ções (tabelas, gráficos, respostas dos questioná-
rios) obtidos a partir das entrevistas feitas com pessoas da comunidade sobre como o folclore influencia suas vidas.
O professor lançará o estudo do tema ” PIRÂMI
DE ALIMENTAR sobre a alimen
tação típica regional do folclore de cada região brasileira.
O professor trabalhará AS REGIÕES BRASILEI
RAS inserindo o folclore, na composição geográfica da popu-
lação e na contribuição econômica para o engrandeci-
mento do país.
O professor fará um trabalho interdisciplinar com interpreta-
ções de lendas, parlendas, superstições de acordo com a cultura e a regionalida-
de brasileira.
Criação de desenhos e pinturas do traba-
lho rea-
lizado nas pesquisas e visita-
ções.
Textos sobre a valorização da cultura brasilei-
ra em todos os aspectosreligio-
so, social, cultural e afeti
vo.
Danças, músi-
cas e peças teatrais criadas e ence-
nadas pelos alunos com o auxilio do pro-
fessor sobre o tema pesqui-
sado.
O professor lançará mão de atividades físicas realizadas em outros tempos por outros povos demons-
trando a vaoloriza-
ção do esporte na visão atual, resgatan-
do a in-
fluência folclórica que há em nossa sociedade.

ESTRATÉGIA: Para uma possível visita às entidades que trabalham com a preservação cultural do Folclore,como: Casa da Cultura, Biblioteca Municipal, Museus, Oficina Cultural, etc... a classe toda se preparou para a realização de entrevistas,sendo que os alunos foram divididos em grupos, cada grupo ficando com temas diferentes. Pesquisa na Biblioteca “RECANTO DO SABER” da E. M. Prof. Ladário Teixeira aconteceu para que os alunos tivessem mais contato com o assunto e fizessem novas descobertas acrescentando o saber adquirido aos novos conhecimentos, oportunizando aplicabilidade dos mesmos na vida diária.

RECURSOS HUMANOS E DIDÁTICOS/PEDAGÓGICOS

PAPEL DOS PROFESSORES: Introduzir o tema com materiais a que tenham acesso (jornais, telejornais, revistas, peças de teatro, fotos, obras de arte, filmes...); preparar a visita aos locais acima citados; discutir e orientar a elaboração dos roteiros para as entrevistas; pesquisas, coordenar as discussões, as atividades e sua apresentação.

PAPEL DOS ALUNOS: Buscar informações sobre o tema e elaborar seus próprios materiais (entrevistas, relatos de vida de pessoas que vivem do folclore, desenhos, fotografias, pinturas...).

MATERIAL NECESSÁRIO: Livros, internet, depoimentos secundários ou coletados pelos próprios alunos.

ÍNICIO: Desencadear a discussão do tema apresentando um material que mostre uma face dessa realidade, anotando e discutindo as principais idéias levantadas pelos alunos a respeito do tema.
Algumas sugestões que poderão auxiliar tanto o professor quanto o aluno no desenrolar deste: 
FILMES:
v Narradores de Javé (Brasil, 2003), Direção: Eliane Caffé. Com José Dumont e Mateus Nachtergaele.
v Tainá – Uma Aventura na Amazônia (Brasil, 2000), Direção: Tânia Lamarca e Sérgio Bloch. Com Eunice Baía, Caio Romei, Rui Polanah e Branca de Camargo.
v A Marvada Carne (Brasil, 1985), Direção: André Klotzel. Com Fernanda Torres, Adilson Barros, Regina Casé e Dionísio Azevedo.

    LIVROS:
v AZEVEDO, Ricardo. Meu livro de folclore. Ática. O autor destaca contos, adivinhas, ditados, trava-línguas, trovas etc., da literatura popular, fazendo um autêntico painel da cultura brasileira.
v AZEVEDO, Ricardo. Armazém do Folclore. Ática
v AYALA, Walmir. Moca Lua e outras lendas, Ediouro.
v BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é Folclore. Coleção Primeiros Passos. Brasiliense. O livro explica a origem da palavra folclore e os seus diversos significados e representações na sociedade.
v CASCUDO, Luís da Câmara. Antologia do folclore brasileiro. Global.
O autor demonstra nesta obra conceitos e tendências ainda hoje presentes no cotidiano do povo brasileiro, como as apresentações de Folia de Reis, as Congadas, a festa do Bumba-meu-boi.
v FILHO, Américo Pellegrini. Literatura folclórica,  Edit. Manole.
v GUIMARÃES, J. Gerardo. Repensando o folclore. Manole. Estudo sobre a cultura popular. Baseada em depoimentos, a obra demonstra como os diversos aspectos do folclore estão presentes no cotidiano. Com linguagem simples e de fácil compreensão, o livro é indicado a alunos, professores e pesquisadores.
v GUIMARÃES, J. Gerardo. Folclore na escola. Manole. A obra enfoca aspectos de folclore relacionados à linguagem, ao lúdico e aos jogos, bem como a presença das expressões folclóricas no contexto das escolas. As informações apresentadas sobre a utilização do folclore visam a incentivar o trabalho docente e a despertar o interesse dos alunos e do público geral.
v ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. Brasiliense.
v PRIORE, Mary Del. Esquecidos por Deus, Companhia das Letras.
v ROMERO, Silvio. Folclore brasileiro: contos populares do Brasil, Villa Rica.
v SANTOS, Eurico. História, lendas e folclore de nossos bichos, Itatiaia.

SITES:
v  http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/ Introdução ao folclore, cânticos, lendas, mitos, simpatias, culinária, amuletos e muitas outras informações sobre o assunto.
v  http://www.folclorebrasileiro.cjb.net/ Além de informações sobre folclore, o site traz agenda com as principais manifestações folclóricas pelo país.
v  http://www.abrasoffa.org.br Página da ONG Associação Brasileira dos Organizadores de Festivais de Folclore e Artesanato (Abrasoffa), que atua no desenvolvimento, preservação e manutenção das artes populares.
v  http://www.ifolclore.com.br Portal Folclore Brasileiro, traz informações sobre lendas, manifestações pelo país, além de um hot site para professores, com dicas para realizar atividades na escola.
v  http://www.musicologia.art.br Página da Sociedade Brasileira de Musicologia, instituição sem fins lucrativos, que visa a reunir os estudiosos da música brasileira e promover e auxiliar o progresso da musicologia no país.

AVALIAÇÃO


O trabalho será avaliado individualmente, mediante a criação de acrósticos, produções de textos, gráficos, tabelas, adivinhações, apresentações, cartazes, etc... sobre o tema. Além destes ainda será feito outro trabalho separadamente, sob orientação do professor em sala e pesquisas extra-classe para montagem de um painel folclórico.
O professor estará acompanhado e avaliando todas as atividades realizadas pelos alunos, dando a retomada da reflexão sobre questão do folclore: sugere-se que uns dois meses após o término do projeto, conversem novamente sobre o tema ou se faça uma reaplicação dos questionários do início da atividade. Todos juntos reavaliam suas mais recentes ações e podem, mensurar se houve aprendizagem ou se haverá necessidade de abordar o tema com outras estratégias para adequações e/ou adição de novas informações.

CONCLUSÃO

Agora você sabe muito mais fatos interessantes sobre o folclore. Por intermédio da Internet, entrevistas, excursões, pesquisas, filmes e de livros literários que você teve acesso a informações e assim podem aumentar o seu conhecimento, contribuindo para partilhar o aprendizado adquirido com outras pessoas.
Esperamos que este trabalho tenha lhe motivado a saber mais sobre o nosso folclore e que contribua para aguçar a sua curiosidade fazendo pesquisas, procurando sempre saber mais e mais...
  
  

2 comentários:

  1. Parabéns pelo Projeto, trabalho em Colégio da Zona Rural e toos os anos festejamos o nosso Folclore, procurando resgatar as nossas origens.Filmamos todas as nossas apreentações

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  2. ACHEI O PROJETO RIQUÍSSIMO, PARABÉNS. SOU PROFESSORA COORDENADORA DA EDUCAÇÃO INTEGRAL NUMA ESCOLA DA MINHA CIDADE E ESTOU MONTANDO UM PROJETO PARA TRABALHAR O FOLCLORE COM OS ALUNOS E APRESENTAR PARA TODA A ESCOLA NO FINAL DE AGOSTO. VOU USAR MUITAS IDEIAS SUAS. FIQUEM TRANQUILAS PORQUE EU CREDITO OS TRABALHOS DE OUTREM A PARTIR DA REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

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